domingo, 5 de agosto de 2007

Bendito Sonho

Só então, ao acordar, dei-me conta que naquela noite algo surpreendente aconteceu. Algo que, sem dúvida alguma, foi o suficiente para mudar a minha vida...

Já se passavam das duas da madrugada. O silêncio definitivamente se tornava dono da noite. O velho edredom vinha até o momento correspondendo às expectativas, podendo ser considerado meu melhor amigo, pois os dias de muito frio, custavam em ir embora. E de súbito, achei-me só, em meio ao meu sonho.

Nele, encontrei-me com o meu “Eu”. Foi uma sensação única. Creio que vivida por pouquíssimas pessoas. Era uma mistura homogênea de medo e coragem, que, de certa forma, impulsionava-me ao grande encontro. Nesse instante, nem mesmo a explosão de uma ogiva nuclear seria capaz de me acordar. E assim, continuei a caminhar, em sonho...

Quando já não existia mais distância a ser percorrida, pude sentir o calor e o cheiro vindo daquele ser conhecido, que agora se fazia presente bem na minha frente. Ficamos estáticas e em silêncio durante alguns poucos minutos. Até que o meu “Eu”, pôs-se a falar profeticamente...

Confesso que fiquei arrepiada. Não conseguia unir forças para questioná-lo. Pelo menos ali, naquele instante, eu fui uma espécie rara de coadjuvante de mim mesma. Apenas escutava em silêncio, e nada mais fazia se não concordar.

O que foi dito nesse sonho, não posso contar. Pois nem ao acordar me lembrava mais. Tudo foi anexado perfeitamente em meu subconsciente, em silêncio. Apenas posso garantir, que após aquela noite, nunca mais quis ser uma vencedora. Resolvi então tocar o barco devagar, para não me faltar amor.

Um comentário:

Grazzi Yatña disse...

Que texto surpreendente...como um arrepio..

Bjo.