As placas já não guiam á lugar nenhum...
Os semáforos confusos, por instantes parecem conspirar contra a vida, creio que sofrida, daquele velho e indefeso senhor, que se perde ao som de buzinas e ronco de motores envenenados, engasgados por delírios adulterados.
Seus curtos passos, que não sabem ao certo qual direção tomarem, me afligem em um golpe brutal. O olhar, que ao mesmo tempo pareceu-me demonstrar toda uma carência, faz-me agora, ao chegar em casa, perceber que também careço de algo que não sei ao certo qual é.
Mas através de um espesso vidro embaçado, apenas observo e torço por um final feliz. Como se àquilo tudo fosse um filme inédito, onde se torce por alguém de bem.
Quanta idiotice a minha... Naquele momento, onde a estagnação tomou conta do meu ser, me vi impedido de descer e fazer aquilo que agora me deixa inquieto.
Será que as cores perdem o significado ao envelhecer?
O vermelho talvez pode não conter...
Já o amarelo, quem sabe, consiga alertar.
Mas é o verde que penso em ignorar.
Só sei que nesse instante, me perco em significados que não sei ao certo quais são.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
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Um comentário:
esse texto seu é um caminho lúcido pela metáfora em busca da perda do significado para alcançar os signos reais da vida..
beijos!
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