sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Buzinas, Semáforos, e Outras Angustias Mais

As placas já não guiam á lugar nenhum...

Os semáforos confusos, por instantes parecem conspirar contra a vida, creio que sofrida, daquele velho e indefeso senhor, que se perde ao som de buzinas e ronco de motores envenenados, engasgados por delírios adulterados.

Seus curtos passos, que não sabem ao certo qual direção tomarem, me afligem em um golpe brutal. O olhar, que ao mesmo tempo pareceu-me demonstrar toda uma carência, faz-me agora, ao chegar em casa, perceber que também careço de algo que não sei ao certo qual é.

Mas através de um espesso vidro embaçado, apenas observo e torço por um final feliz. Como se àquilo tudo fosse um filme inédito, onde se torce por alguém de bem.

Quanta idiotice a minha... Naquele momento, onde a estagnação tomou conta do meu ser, me vi impedido de descer e fazer aquilo que agora me deixa inquieto.

Será que as cores perdem o significado ao envelhecer?

O vermelho talvez pode não conter...

Já o amarelo, quem sabe, consiga alertar.

Mas é o verde que penso em ignorar.

Só sei que nesse instante, me perco em significados que não sei ao certo quais são.

Um comentário:

Grazzi Yatña disse...

esse texto seu é um caminho lúcido pela metáfora em busca da perda do significado para alcançar os signos reais da vida..

beijos!